Estudos sobre as diferenças entre os gêneros têm mostrado que mulheres podem ser mais vulneráveis à dependência e ao abuso de substâncias químicas que os homens: o fascínio por álcool, drogas e cigarros flui à mercê dos hormônios
Por muito tempo a dependência química tem sido considerada uma doença masculina. Aspectos culturais e sociais que propiciavam o acesso dos homens ao álcool e às drogas levaram a crer que eles são muito mais propensos a usar esses produtos. Em parte por esse motivo, há décadas as pesquisas sobre o assunto excluíam mulheres. Consequentemente, sabe-se hoje bem menos sobre a drogadição feminina, e, na prática, os programas e centros de tratamento raramente são voltados para as necessidades. Bem pouco foi considerada, por exemplo, a influência da variação hormonal no sucesso (ou fracasso) do processo de recuperação. No entanto, há sinais de que a predominância de estudos com voluntários homens tenda a diminuir, já que o uso de bebidas e substâncias ilícitas se tornou socialmente mais aceitável tanto por adolescentes quanto por mulheres adultas. Segundo estudo de 2008, desenvolvido pelo psiquiatra Richard A. Grucza, da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, é na população feminina que o uso de bebidas e drogas mais tem aumentado.
Em uma inversão das tendências predominantes no passado, adolescentes estão agora experimentando maconha, álcool e cigarros em índices mais elevados que os garotos, de acordo com os recentes resultados de uma pesquisa realizada pelo National Survey on Drug Use and Health (NSDUH), nos Estados Unidos. O estudo mostra que o uso geral de drogas ilícitas entre as moças aumentou em torno de 6% em 2007 e 2008, enquanto o índice para os jovens do sexo masculino caiu cerca de 10%.
Além disso, uma literatura cada vez mais consistente sobre a dependência do sexo feminino mostra que as mulheres apresentam características bastante específicas. De forma singular, elas podem ser particularmente vulneráveis ao uso de substâncias que criam dependência e aos seus efeitos, pois os hormônios sexuais femininos afetam diretamente os circuitos de recompensa do cérebro, influenciando a resposta a drogas. Felizmente, alguns estudos já apontam para novos tratamentos para a toxicomania, além de fornecer informações práticas para as pessoas empenhadas em abandonar o uso.
por Emily Anthes
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terça-feira, 7 de setembro de 2010
MP3 pode causar epidemia de problemas auditivos
O uso inadequado de tocadores de MP3, principalmente por jovens dos centros urbanos está preocupando médicos de várias partes do mundo. “Este hábito tem crescido mais rápido do que nossa capacidade de avaliar suas consequências”, escreveu o especialista
em medicina ambiental Peter Rabinowitz, professor da Universidade Yale, nos Estados Unidos, em um editorial do periódico British Medical Journal. O volume dos aparelhos de MP3 pode atingir 120 decibéis, o que é comparável ao som de uma turbina de avião. Segundo Rabinowitz, há várias evidências de que o uso prolongado desses equipamentos e com volume muito alto está comprometendo a capacidade auditiva dos jovens, além de causar zumbidos crônicos e de difícil tratamento, sem falar em acidentes e prejuízo escolar por falta de concentração. No entanto, essas consequências podem representar apenas a ponta do iceberg, já que os efeitos cumulativos ainda são desconhecidos. Os especialistas temem que esse hábito insalubre possa ocasionar uma epidemia de problemas auditivos daqui a algumas décadas.
em medicina ambiental Peter Rabinowitz, professor da Universidade Yale, nos Estados Unidos, em um editorial do periódico British Medical Journal. O volume dos aparelhos de MP3 pode atingir 120 decibéis, o que é comparável ao som de uma turbina de avião. Segundo Rabinowitz, há várias evidências de que o uso prolongado desses equipamentos e com volume muito alto está comprometendo a capacidade auditiva dos jovens, além de causar zumbidos crônicos e de difícil tratamento, sem falar em acidentes e prejuízo escolar por falta de concentração. No entanto, essas consequências podem representar apenas a ponta do iceberg, já que os efeitos cumulativos ainda são desconhecidos. Os especialistas temem que esse hábito insalubre possa ocasionar uma epidemia de problemas auditivos daqui a algumas décadas.
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